Notícias de Julho de 2008

A FAB lançou o Request For Information (RFI) para 120 caças para substituir os AMX, F-5EM e Mirage 2000C com um lote inicial de 36 aeronaves com entrega a partir de 2014. As propostas foram recebidas da Boeing com o F/A-18E/F Super Hornet, o Dassault Rafale, o Eurofighter Typhoon, o Saab Gripen NG (Next Generation) e o Sukhoi Su-35. O RFI cita que a aeronave deve ser uma plataforma testada, supersônica e multifuncional. O processo será por escolha direta, considerando os critérios técnicos mais favoráveis, para uma plataforma única para tarefas de superioridade aérea e de interdição. O RFI não cita obrigatoriedade de radar AESA, mas cita a capacidade de levar mísseis BVR. O "off sets" deve ser de 100% do custo do programa, possibilidade de produção sob licença da estrutura, aviônicos e motores. Outros critérios a serem utilizados na avaliação dizem respeito à logística, aos custos, às condições das ofertas de compensação comercial e o grau de transferência de tecnologia para a indústria aeronáutica brasileira. As industrias locais não serão encorajadas a se juntar aos fabricantes. A seleção pode ser concluída até dezembro de 2008.

O governo realizou um acordo com a Eurocopter para fabricar o helicóptero Super Cougar na Helibras. O Brasil deve comprar 50 aeronaves com entrega iniciando em 2010.

A FAB está trocando três aeronaves AT-27 Tucano e apoio logístico com cinco aeronaves Xavante e um Boeing 707 da Força Aérea Paraguaia.

A Marinha comprou o navio de desembarque Sir Bedivere da Royal Navy por R$ 31.536.800,00 incluindo treinamento e sobressalentes.

A MB comprou quatro helicópteros S-70B para equipar o 1º Esquadrão de Helicópteros Anti-Submarino (HS-1). O contrato no valor de US$ 300 milhões inclui treinamento, 13 motores T-700-401C, peças de peças de reposição, equipamentos de suporte pós-venda, publicações e boletins técnicos. Os S-70B estarão equipados com MAGE LR-100, sonar, radar APS-143, FLIR SAFIRE III, IMS- Integrated mission system Datalink As aeronaves irão substituir os helicópteros SH-3B Sea King nas missões de guerra anti-submarina. Os SH-3A permanecerão em serviço nas missões de guerra de superfície. O contrato tem opção para mais quatro e pode chegar aos 12 planejados.

A EMBRAER confirmou que iniciará o projeto do cargueiro C-390 no segundo semestre de 2008.
A Dassault mostrou seu novo UAV AVE-D que será usado como demonstrador de tecnologia. O AVE-D faz parte da família Aéronefs de Validation Expérimentale com tamanhos cada vez maiores.
A BAe System mostrou o UAS (Unmanned Autonomous System) Fury para missões de reconhecimento armado e apoio aéreo aproximado. O Fury é similar ao Herti, mas foi equipado com mísseis da LMM da Thales.


A Lockheed Martin foi contratada para produzir o Lote 5 de 111 mísseis AGM-158 JASSM para a USAF por US$107 milhões. Com este contrato o número total de mísseis comprados chega a 1.052 mísseis. O total deve chegar a 4.900 mísseis.

A Coréia do Sul comprou US$200 milhões em mísseis americanos incluindo 125 AIM-120C-7, 35 AGM-65G, 280 JDAM, 32 GBU-12 e 12.700 Chaff. O pacote inclui apoio logístico e apoio.

A Índia e a França estudam o projeto de mísseis SAM com probabilidade de acerto (Pk) de 100%. O nome foi proposto como Maitri e será usado pelas três Forças Armadas indianas. Inicialmente foi proposto o desenvolvimento de um míssil de curto alcance, cerca de 9km, aumentando para médio alcance (30km) e depois de longo alcance (50km).

A Lockheed Martin mostrou o míssil guiado a laser SCAPEL (Small Contained Area Laser Precision Energetic Load) para missões de apoio aéreo aproximado com pouco dano colateral. O Scapel usa sistemas do Enhanced Laser Guided Training Round facilitando a integração. O Scalpel foi testado nos AV-8B do USMC.
A equipe Team LM liderada pela MBDA disparou o Fire Shadow Loitering Munition (LM) que participará do programa Indirect Fire Precision Attack (IFPA) do exército britânico para ser usado contra alvos com premência de tempo (Time Sensitive Target) e alvos fixos e pode operar com o UAV Watchkeeper. O custo do IFPA pode chegar a US$ 990 milhões. A Team LM já investiu 10 milhões de libras no projeto. O Fire Shadow é disparado por foguete e voa com apoio de um motor de sustentação com hélice. As asas têm enflechamento negativo. O tempo de espera é de 10 horas e opera a até 100 km de distância, ou mais com retransmissão de rádio. A produção pode iniciar em 2011.

Os britânicos também mostraram o LMM (Lightweight Multirole Missile). O míssil pesa 13 kg com cabeça de guerra fragmentada de 3kg. O motor foguete de dois estágios Roxel permite atingir um alcance de 8 km. O LMM é derivado do míssil Starstreak com guiamento laser e participara do programa FASGW Light e irá competir com foguetes guiados de 70mm. O custo é 60% do Starstreak. A empresa já gastou US$ 4 milhões por 18 meses e deve ser testado por mais dois anos.

A MBDA lançou o programa Sea Skua Mk2 de um míssil anti-navio de curto alcance com capacidade de atacar alvos também em terra. O alcance aumentou e foi equipado com sensor de radar e datalink de meio curto. O míssil compete para o requerimento FASGW(H) da Royal Navy. O míssil ainda é compatível como Lynx que poderá levar quatro mísseis. O peso é de 150kg, com 2,5 metros de comprimento, 25 cm de diâmetro e velocidade subsônica.

A Raytheon está desenvolvendo o míssil guiado por laser Griffin disparado de tubo para armar o UAV Predator e outras aeronaves.O míssil pesa cerca de 20kg. O Predador poderá usar até três mísseis Griffin no lugar do Hellfire sendo mais longo e com menor diâmetro (13cm). O alcance é de 6 km. O míssil tem conceito modular podendo receber outros sensores e cabeças de guerra. O míssil terá baixo custo usando tecnologia existente no míssil Javelin, AIM-9X e outros projéteis guiados. O projeto foi financiado pela própria empresa.

Os EUA está testando o demonstrador de míssil anti-navio supersônico de longo alcance no programa Long Range Anti-Ship Missile Demonstration. O protótipo deve estar pronto três anos após assinado o contrato. Navios de outros paises usam mísseis supersônicos como o Klub russo e Sizzler chinês e podem atacar os navios da US Navy fora do alcance dos Harpoon. O míssil deve ser disparado dos lançadores Mk41, com trajetória atualizada em vôo, usar sensor multimodo, trajetória final variável, e capacidade de enviar dados do alvo antes do impacto. A cabeça de guerra pode ser unitária ou múltipla.

A África do Sul comprou mísseis IRIS-T para equipar seus caças JAS-39 Gripen como mísseis provisórios até o míssil A-Darter ficar operacional.

A Espanha pretende comprar 20 mísseis RGM-109E Block IV Surface Ship Vertical Launched Tomahawk Land Attack Missiles (TLAM-VL) para equipar suas fragatas F-100. Os mísseis serão instalados nos lançadores verticais VL-41.

A Coréia do Sul pretende comprar 35 mísseis AIM-9X por US$ 25 milhões junto com 12 CATM-9X e 2 DATM-9X além de apoio logístico.

A Royal Navy decidiu reduzir a compra das fragatas Type 45 de oito para seis unidades.

O Reino Unido selecionou o blindado Piranha V como veiculo provisório para o programa Future Rapid Effect System (FRES) para substituir os Saxon, FV 430 e CVR(T). O Piranha V competiu com os blindados Boxer e VBCI. O Piranha V comporá uma família de cinco funções: reconhecimento, utilitario, blindado médio, apoio e utilitário básico.

A Singapore Technologies Kinetics lançou o lança-granadas de 40mm Low Velocity Air-Burst Munition System (LV ABMS) com sistema de controle de tiro e munição Air burst. O sistema de controle de tiro é instalado no fuzil e tem um telêmetro laser. A granada tem a espoleta armada a 14-28 metros da arma com alcance máximo de 400 metros.

Os Emirados Árabes Unidos pretendem substituir seus 63 caças Mirage 2000 por caças Rafale a partir de 2013.
Israel pretende comprar 25 aeronaves de treinamento T-6 Texan II para substituir seus treinadores Magister. O contrato pode chegar a 190 milhões.

O Equador comprou sete helicópteros Dhruv da HAL indiana por US$50,7 milhões. O custo era 32% menor que o segundo colocado na concorrência (Elbit). Também concorreram a Eurocopter e a Kazan.

A Raytheon foi contratada pela US Navy por US$62 milhões para fornecer o casulo ATFLIR para a Austrália (18 casulos) e Suíça (1 casulo com opção para mais 14).

O Canadá anunciou planos de compra de 65 caças F-35 para substituir seus caças F/A-18A/B.

A Índia anunciou a compra de três jatos EMB-145 na versão AEW&C com entrega programada para 2011. O pacote inclui logística, treinamento, assistência técnica, peças de reposição e equipamentos de apoio em terra. A Índia já usa quatro jatos Legacy operados pela Força Aérea da Índia.

A Boeing foi contratada por US$14,9 milhões para a instalação de um casulo de guerra eletrônica no B-52H como parte do programa Core Component Jammer (CCJ). O objetivo final do CCJ é transformar o B-52H em uma plataforma de interferência eletrônica de longa distância.

O Paquistão comprou 21 casulos de interferência eletrônica AN/ALQ-211(V)9 Advanced Integrated Defensive Electronic Warfare Suite (AIDEWS) por US$75 milhões para equipar seus novos caças F-16 block 50/52.

A Líbia pretende adquirir 35 aeronaves Su-35 além de doze helicópteros Mi-17, Mi-35 e Ka-52.

Cingapura pretende equipar seus caças F-15 e F-16 com o casulo Sniper Advanced Targeting Pods (ATP).

A Índia lançou um RFP (Request for Poposals) para compra de 22 novos helicópteros de ataque para substituir um número semelhante de Mi-35. Os concorrentes devem ser o AW129, AH-1Z, AH-64D, Tiger, Mi-28N e nova uma nova variante do Mi-35.

O Harrier GR9 receberá um casulo TERMA de 227kg capaz de levar dez vezes mais flares comparado com os já em uso no Harrier. Levará uma nova geração de flares para combater novas ameaças. Poderá disparar flares também para frente e não só para trás como agora. Uma outra versão um sistema de alerta de mísseis e detector IR.

A RAF irá instalar o Helmet Mouted Cueing System (HMCS) da BAe System nos seus Harrier GR9 . Os testes já foram realizados em 2008 e deve entrar em operação ainda este ano. O HMCS é uma versão melhorada do HMS usado no Jaguar GR.3.

A Força Aérea da Colômbia estuda a compra de duas aeronaves AEW com radares Erieye e caças Gripen.

A Boeing e a SkyHook se juntaram para desenvolver o Blimp JHL-40 (Jess Heavy Lifter) para o mercado comercial. O objetivo é o transporte equipamento e material em regiões remotas. O JHL-40 terá capacidade de transportar de 40 toneladas de carga externamente por até 200 milhas.

O Peru está interessado em comprar um pequeno lote não determinado de caças Su-30 como parte de um programa de modernização da força aérea.

http://sistemadearmas.sites.uol.com.br/index.html